A primeira sessão foi iniciada com os discursos, onde se destacaram as críticas a permanência das tropas no Afeganistão e as consequências da presença da mesma, voltado para o lado social e econômico.
A primeira sessão foi iniciada as 9h e 15min. Logo após ocorreram os discursos iniciais.
Começou com o discurso da França que disse que a Rússia é um aís pacifista e quer o bem do Afeganistão e que os 10 anos no país não foram bem gastos e que o Afeganistão precisa de ajuda não militar e que conseguirá se reerguer e quer chegar a um consenso.
O Gabão foi o seguinte e disse que o Afeganistão é ruim para se viver, o pior. Disse que a sua situação é parecida com a do Afeganistão. Diz que apoia países que investem no Afeganistão.
O Japão disse: “Excelentíssima senhora primeira secretária do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Andressa Pereira Fernandes, pela qual cumprimento a mesa e todas as nações aqui presentes. Bom Dia!
Os problemas do Afeganistão estão profundamente enraizados em questões culturais, geográficas, políticas e históricas e devem ser enfocados no contexto da estabilidade de uma região maior que as fronteiras políticas do país e que inclui o Paquistão e a Ásia Central de forma integrada. No entanto, uma das principais causas do terrorismo centralizado no Afeganistão foi a invasão soviética em 1979, fato que se prolongou por 10 anos, levando a nação em questão a decadência, tanto militar, quanto política e economicamente. Gerando certa hipocrisia, quando países que estavam diretamente envolvidos neste fato histórico, que foi gerado totalmente por interesses, criticam as ações de outros para a exterminação do terrorismo e ao restabelecimento do Afeganistão.
O mundo está voltado aos desafios que envolvem a reconstrução e estabilidade do Afeganistão. Até o momento, o Japão já construiu ou restaurou mais de 500 escolas, capacitou 10 mil professores alfabetizaram mais de 300 mil pessoas e forneceu vacinas para um total de 40 milhões de pessoas, junto com o pagamento de um auxílio equivalente aos salários de todo o efetivo policial de 80.000 afegãos por seis meses, como apoio na área de segurança, além de ser a nação que envia mais recursos econômicos a nação afegã.
“Todas as nações desejam o fim do terrorismo, porém, somente algumas tomam as medidas necessárias e cabíveis, sendo sempre crucificadas por países que não contribuem com recursos econômicos, muito menos com forças militares.”
Líbano disse que pretende melhorar as leis para a plantação de drogas, ajudar as mulheres e ao terrorismo no Afeganistão.
O Gabão citou a morte dos civis no Afeganistão e que a Nigéria sofre com os seus próprios conflitos que junto com a fome e a doença, que são presentes em todos os países pobres.
O Reino Unido citou que é o segundo maior em numero de tropas e que não conseguiria aguentar a saída das tropas e que a questão não é quando as tropas sairão, mas como o país deve estar ara haver a saída e que o governo tenha a força necessária, e que não é uma tarefa fácil, mas que é possível com ajuda de países. Estão pagando um preço alto pelo terrorismo que é presente. Sua missão terminara somente quando o país estiver preparado para aguentar.
A China disse que pretende encontrar uma decisão pacifica. Disse que desde que seu país soube do conflito, procurou maneiras de acabar com ele. Disse que muito tempo se passou e que são poucas as mudanças e pede a interrupção da guerra e se sente obrigado a pedir a retirada das tropas de quem começou essa guerra.
A Síria acredita que o assunto é de suma importância, mas que ficarão muito tristes com o discurso da secretaria que disse que os EUA começaram o conflito, A UNAMA tem realizado um grande trabalho. O talibã está certo em fazer tal conflito em defender o seu território. Caso não retirem, esse demônio (EUA), um dos mais corruptos do mundo, começarão um maior conflito.
A Turquia disse que o principal problema é a falta de segurança Afeganistão e que deve haver uma preocupação no desenvolvimento do país e que a liderança afegã deve em conjunto com a OTAN, realizá-lo. Seu principal objetivo é trazer paz para o país “Não existe caminho para a paz a paz É o caminho”
A Áustria se diz pacificadora e que realizou ações humanitárias. Defende a retirada gradativa de TODAS as tropas e que garantirá respalda para o Afeganistão, mas deve ocorrer ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico, pára que o país possa se encaminhar sozinho depois. A UNAMA deve continuar no Afeganistão para ajudar na negociação do Afeganistão.
Bósnia-Herzegovina disse que é a favor de qualquer ajuda humanitária ao Afeganistão.
O Brasil disse: “É grande a honra de subir a esta tribuna e falar em nome do povo e do Governo brasileiros. Dentro de poucos dias, mais de 130 milhões de brasileiros comparecerão às urnas e escreverão mais um importante capítulo da nossa democracia. Ao longo dos dois mandatos do Presidente Lula, o Brasil mudou. Crescimento econômico sustentado, estabilidade financeira, inclusão social e a plena vigência da democracia conviveram e se reforçaram mutuamente. Mais de vinte milhões de brasileiros saíram da pobreza e outros tantos da pobreza extrema. Quase trinta milhões de pessoas ingressaram na classe média. Políticas públicas firmes e transparentes reduziram as desigualdades de renda, de acesso e de oportunidades. Milhões de brasileiros conquistaram dignidade e cidadania. O mercado interno fortalecido nos preservou dos piores efeitos da crise mundial desencadeada pela ciranda financeira nos países mais ricos do Planeta. O Brasil orgulha-se de já ter cumprido quase todas as metas e de estar a caminho de alcançar, em 2015, todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A incapacidade de um país, de qualquer país, de alcançar essas metas deve ser encarada como um fracasso de toda a comunidade internacional. A promoção do desenvolvimento é uma responsabilidade coletiva. O Brasil vem se empenhando em ajudar outros países a replicar experiências bem sucedidas. Nesses últimos anos, o Brasil moveu-se na cena internacional impulsionado pelo sentido de solidariedade Temos a convicção de que é possível fazer política externa com humanismo, sem perder de vista o interesse nacional. Nos oito anos do Governo Lula, o Brasil desenvolveu uma diplomacia independente, sem subserviências e respeitosa de seus vizinhos e parceiros. Uma diplomacia inovadora, mas que não se afasta dos valores fundamentais da nação brasileira – a paz, o pluralismo, a tolerância e a solidariedade.Assim como o Brasil mudou, e continuará a mudar, o mundo se está transformando. É preciso aprofundar e acelerar essas mudanças. Com os avanços tecnológicos e a riqueza acumulada, não há mais lugar para a fome, a pobreza e as epidemias que podem ser evitadas. Não podemos mais conviver com a discriminação, a injustiça e o autoritarismo. Temos que enfrentar os desafios do desarmamento nuclear, do desenvolvimento sustentável e de um comércio mais livre e mais justo. Embora não sendo diretamente afetado pelos conflitos internos do Afeganistão, estamos diretamente ligados a qualquer conflito do mundo, uma vez que somos todos homens, que sejam de culturas diferentes, etnias diferentes, lugares diferentes, histórias diferentes, o mundo é um só ! Um pensamento egoísta não nos leva a lugar algum. Devemos nos mobilizar e auxiliar em todos conflitos existentes no mundo, internos ou não. Nós brasileiros nos revoltamos quando olhamos para o Afeganistão e percebemos que sua mortalidade se compara a um país medieval. Dados comprovam que a mortalidade afegã é a mesma da Inglaterra feudal (43 anos). As condições em que a população vive são revoltantes, é desumano! Andar na rua de carro e ter que desviar de um cadáver não só é aterrorizante como é revoltante para todos nós! Viver temendo um atentado terrorista a qualquer momento não é nem justo nem certo. Medidas devem ser tomadas e nós estamos aqui para isso, para propor e tomar medidas cabíveis a todos nós para tornar o Afeganistão um lugar pacifico e ajudar ao país para que aproveite sua riqueza e seu potencial para se desenvolver e crescer como todos nós. Sempre tivemos essa mentalidade, sempre visamos este objetivo e estejam certos: o Brasil continuará lutando para fazer desses ideais uma realidade.
Muito obrigado.
”
Os Estados Unidos disseram que o Talibã promete atentados, onda de seqüestros, mulheres enfrentarão barreiras. Devem provar ao mundo a importância de ser livre e que os países com estrutura devem ajudar. Um país [Afeganistão] é importante para o desenvolvimento do Mundo e não deve ser deixado na mão.
A Síria pediu vários apartes, mas nenhum foi aceito.
A Rússia se questiona sobre a função da ISAF no país. Muita das pessoas que morrem não tem nenhuma relação com essa revolta. Devem trabalhar na política, não a militar. Gostaria de ter esperança de que o Afeganistão tenha um futuro melhor e que muito deve ser feito para mudar essa situação.
O Afeganistão precisa da ajuda do Conselho de Segurança e pede para que olhem no sofrimento do seu país. Precisam para desenvolver o seu país. Ela sonha com um futuro melhor, espera que os sofrimentos sociais acabem.
O México, sendo o último a discursar disse:
Excelentíssima Secretária chefe do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Andressa Pereira Fernandes, através da qual cumprimento toda a mesa diretora, um bom dia. Bom dia também, senhores embaixadores que aqui representam suas nações.
“O México é uma república federal presidencialista, sua economia é a décima primeira maior do mundo e a nação é considerada como de renda média-alta. Apesar disso, o México enfrenta uma crise econômica que abalou o povo, decorrente da crise de 2008 nos Estados Unidos, e enfrenta também o narcotráfico, que é, no momento, um dos maiores e piores problemas do país. Mas está aos poucos se recuperando, dando incentivo às empresas para que invistam em nossa nação, afim de gerar novos empregos a favor das famílias mexicanas, para que haja com a ajuda de Deus, um melhora na economia e na vida mexicanas.
Ao que diz respeito ao tópico da reunião de hoje, o México é contra a retirada imediata das tropas da UNAMA do Afeganistão, e justifica a sua posição: um ótimo trabalho vem sendo feito no Afeganistão, muito dinheiro já foi investido, muitos soldados de várias nações foram enviados, e, se as tropas da UNAMA forem retiradas, todo o esforço e mobilização terão sido em vão, pois ainda há muito que se fazer. Não há dúvidas: as tropas sairão do Afeganistão; mas a questão não é essa. A questão é: quando? Como? Como ficarão as eleições e a democracia? Como ficarão as mulheres? Como ficará a segurança? Como ficará a questão do narcotráfico, do terrorismo, da economia e dos direitos humanos?
O Afeganistão precisa de ajuda para que possa se reestruturar e se manter sozinho, e o país ainda não está pronto para levantar e caminhar com as próprias pernas. É necessário que nós, nações do mundo, através da união e colaboração uns com os outros, ajudemos quem precisa. Portanto, embaixadores, peço que considerem: o Afeganistão não está preparado. E se fossem os países dos senhores? E se fossem o seu povo, sua nação? Estamos todos em um mesmo planeta, somos todos filhos de Deus, e merecemos, todos nós, viver com dignidade. E é disso que o Afeganistão precisa agora: uma vida com dignidade. E só conseguirá com a ajuda que nós podemos e devemos dar. Porque se fosse cada um por si senhores, não estaríamos aqui, essa reunião não estaria sendo feita, e, provavelmente, nem vivos estaríamos. Obrigada.”
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